É clichê, mas não deixa de ser a mais pura verdade que estamos vivendo um momento de grandes transformações no mundo. E no ambiente corporativo essa verdade também é absoluta. Quem nunca ouviu ou discutiu, por exemplo, sobre a Transformação Digital?
Nossa experiência no mundo corporativo, nos mostra, que não apenas a tecnologia é que tem forçado a transformação dentro das empresas, mas também fatores diversos, tais como:
- Pluralidade de gerações;
- Diferentes perfis de profissionais;
- Novos conhecimentos e novas competências que são inseridas no contexto organizacional.
Entre muitos outros fatores que surgem a cada dia aos departamentos de DHO (Desenvolvimento Humano e Organizacional), abordaremos alguns dos desafios mais importantes.
- Todo processo de mudança cultural é, na verdade, um profundo movimento de transformação da organização e das pessoas que dela fazem parte.
- Para conduzir as mudanças, é importante o envolvimento e engajamento de TODOS, mas em especial de suas lideranças.
- Entender e incentivar o novo papel dos líderes, importantíssimo e fundamental para o processo de transformação que as empresas, independentemente do seu porte, vêm passando ao longo dos últimos anos. Os líderes deixam de ser meros expectadores, e se tornam protagonistas dessa transformação, assumindo tal papel na mudança.
Como os seus líderes têm se preparado para tais transformações?
Os líderes estão sendo a cada minuto demandados nesse novo cenário, por isso, precisam transformar e desenvolver inicialmente a si mesmos a fim de conduzir a transformação de forma inspiradora e bem-sucedida.
As empresas devem apoiar os seus líderes, incentivando-os em trocas de experiências com o mercado, e principalmente incentivando a cultura de autodesenvolvimento e aprendizagem por toda a vida.
Está caindo por terra o conceito tradicional de que existe apenas os momentos de aprendizagem formais, onde o individuo deve se graduar, se pós-graduar e após isso, está e se manterá apto para tudo o que vier.
Para que os líderes sejam não só a engrenagem, mas também o motor da transformação cultural e garantir o sucesso a longo prazo da sua organização, esta precisa ter a sua disposição ferramentas de aprendizagem e recursos (vídeos, treinamentos, podcasts, livros, entre outros), que possa consultar e utilizar para aumentar e fortalecer seu repertório, seja em temas soft ou hard e possa ser sempre referência para seus liderados.
Como capacitar seus futuros líderes?
Pilar fundamental para condução das mudanças é importante que a organização também esteja sempre atenta aos futuros líderes que poderão ser a engrenagem para essa transformação.
Para capacitar sua liderança, em especial os futuros líderes das novas gerações que estão ingressando no mercado de trabalho, são necessários investimentos em tecnologias e recursos como gamificação, aliados com microlearning, que fazem com que os mesmos possam se engajar, e aprender com conteúdos rápidos e extremamente eficazes.
E qual o papel do DHO nesse movimento?
As áreas de Desenvolvimento Humano e Organizacional, devem guiar o processo e a todo momento, validando com os indivíduos os rumos da transformação cultural. A transformação deve ser encarada pelo DHO de forma estruturada e com coragem, viabilizar as mudanças em todas as esferas, isso porque elas podem ser necessárias ou demandam em aspectos como:
- Ambientes;
- Sistemas;
- Comportamentos;
- Competências;
- Missão, visão, valores.
Podendo afetar até mesmo a razão de sua existência e posicionamento perante o mercado e o mundo.
Para encarar os desafios acima, é fundamental que as áreas de DHO atuem de forma efetiva, deixando de lado tarefas que apesar de meramente operacionais, e que possam ser terceirizadas para que possam se envolver em ações mais estratégicas e que agregam valor e crescimento à organização.
Além disso, é fundamental o desenvolvimento de uma estratégia efetiva de comunicação junto à organização, aliando-a com a disseminação dos novos comportamentos e competências esperadas.
Mensurar e tomar ações
Em tempos onde tanto se fala sobre People Analytics, KPIs e etc, é importante que a organização esteja preparada para o “arroz com feijão”. Ou seja: “Uma vez que eu tenho esses números, o que eu faço agora?”.
Para isso, utilizar métricas simples, principalmente as que permitam mensurar não apenas o desempenho do colaborador, mas o resultado prático que as ações educativas trouxeram para o comportamento e rendimento dos colaboradores.
Tais medidas são fundamentais para que a área de DHO possa ganhar força junto à alta direção da empresa podendo, juntas, calibrar as ações realizadas e ajustá-las sempre que necessário.
Um abraço,
Bruno Falcão
Diretor de Negócios.